terça-feira, 23 de abril de 2013

MENDIGO NA CALÇADA

  Chuva, chuva, de  noite não! 
Meu teto é  o céu
A lua  minha janela
Estrelas enfeitam minhas cortinas
Chuva, chuva , de noite não!
    Se fecho a janela,  que escuridão!
E  minha  calçada  coitada!
Toda  molhada  fica  então.

Chuva, chuva,  de  noite não!
Meu coração,  você não vê não!
Sozinho sem minha janela
Quanta confusão.

Chuva, chuva, essa noite não!
  Espera um pouco
deixa  pelo menos
outra calçada eu achar.
Está  chovendo!
E minha calçada, toda  molhada...
 E esse barulho que não me deixa  sonhar
Chuva, chuva, essa noite não!
        Nal Pontes

Fiz esta poesia, numa noite daqueles de inverno em que se demora a dormir
E que também atinge o coração.
Eu estava morando uns tempo na casa de minha mãe com meus filhos, 
onde passei oito meses após a morte de meu esposo.
 E havia um mendigo que  não tinha seu juizo perfeito, ele era conhecido
no bairro, chamava-se NECO, o conheci desde que eu era criança. 
O habito dele era andar como se estivesse dirigindo um carro,
 dizem que ele sonhava em ser motorista, andava sujo, cabelos despenteiados
 e grandes, tinha dificuldade na fala mau se entendia o que dizia.
 Era uma figura que assustava a quem não o conhecia.
Uma das coisas que mais ele gostava era pegar ônibus ir até o terminal no centro
de Recife e voltava no mesmo ônibus.
 Ninguém fazia mal a ele, as pessoas o ajudavam,
 davam comida, roupas as quais ele vestia duas três ou mais,
 uma por cima da outra mesmo em tempo de grande calor.
Ele tinha casa, parente até sabiamos quem eram, mais ele costumava viver assim..
E em uma noite chuvosa, eu olhei procurei ele na calçada da casa em frente, que era uma loginha
e não o vi. E fiquei pensando, hoje ele teve que sair, com certeza deve ter procurado 
os bancos da feira que ficava bem perto dali. Foi quando eu fiquei pensando na situação 
dos que vivem nas ruas e tem que suportar as fortes chuva de inverno.
Então eu fiz essa poesia para NECO. Que também fez parte de minha história
Pedaços de mim.

(figuras tiradas na net esta figura)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

MEU IRMÃO, FAZ PARTE DE MINHA HISTÓRIA!

PEDAÇOS DE MIM!
Nal,
   Existem coisas que não se podem escrever, 
Pois as letras não revelam o todo de uma verdade.
Existem coisas que não se podem explicar, 
Pois elas fazem parte da emoção e dos sentimentos.
Existem coisas que não se podem entender, 
Pois por mais que se esforcem ainda ficam as perguntas.
   Existem ainda coisas, pelas quais não se podem agradecer,
 Pois o mais que se façam ainda é pouco.
Existem ainda coisas que não se podem ver, 
Pois são invisíveis a olhos comuns.
 Existem ainda muitas coisas,
 Para as quais não se tem o menor sentido, 
Mas que se não existissem todos sentiriam falta.
Existem ainda coisas que estão diante de nossos olhos, 
     Diante de nossos entendimentos e diante de nossos sentimentos...

E essas coisas, Deus nos deu a graça de perceber, 
A graça de receber, e a graça de sermos  abençoados, 
E essas coisas tem nome, são grandiosas, são meigas, 
E tem um potencial eterno.
    E essas coisas, são frágeis, são humanas, essas coisas são pessoas, 
          Que transpiram em seu ser a Graça do Pai, elas só possuem um defeito...
 Elas morrem a cada dia para a sua vontade...
Essas pessoas são únicas, elas tem nome,  tem endereço, 
E são fortes, apesar das fragilidades,
   Essas pessoas tem famílias, tem filhos, seus, dos outros...
Essas pessoas adotam filhos pequenos, grandes, 
De todas as cores e lugares.
   Essas pessoas são uma só, e ela chama-se NAL.  
Meu mano escreveu

   Esta poesia foi uma das escrita pelo meu irmão e Pastor 
 uma linda homenagem  que recebi por ocasião de um 
  acampamento de férias dos adolescentes que eu liderava, 
 a dois anos atrás. Planejei tudo, deixei tudo prontinho,
     mas infelizmente por motivo de força maior não pude participar
pois assim achei necessário, precisei ficar
em casa cuidado dos meus.
    Ele como pastor e outros líderes tomaram a frente, na ida 
para o acampamento as 5:00 hs da madrugada qd ele se levantou
enquanto tomava café se engasgou e foi socorrido 
quase morto. Mas graças a Deus ele recuperou-se e ainda 
foi ao acampamento, naquele mesmo dia. E no culto de gratidão pelo
acampamento e por sua vida ele me fez essa surpresa
lendo essa poesia.

Este meu irmão nasceu de 07 meses, pesando 1kg e 100gr  
minha mãe também teve mais dois filhos  de 07 meses, 
mas só ele foi muito frágil quase que não sobrevive. 
Este ano ele descobriu que tem um defeito no coração de nascença
que por milagre ainda vive, fez vários exames do coração e o 
medico falou que não vai operar, pois o seu organismo 
acostumou assim, se ele tivesse digamos os seus 20 anos ou menos
era caso urgente de cirurgia e disse mais se ele conviveu até agora
 então não tem do que se preocupar e só se cuidar um pouco mais.
O que vemos nisso é o milagre de Deus na vida dele.

    Este é meu irmão, uma vida incansável a serviço do Rei Jesus.
A você minha gratidão a Deus, pelo privilégio
de fazer parte de sua historia
Eu também sou ovelha dele, pois congrego na
mesma igreja que ele pastoreia.

Muito obrigada, pelo momentos de lazer que passamos juntos
passeando nas lindas praias, chácaras, aqui, caminhadas etc.
tirando um pouco de seu corrido tempo para está conosco em família.

DEUS TE ABENÇOE, MEU IRMÃO, A VOCÊ
SEU MINISTÉRIO E SUA LINDA FAMÍLIA.


 Seu único filho com sua namorada

leia também o que a minha amiga Nadja do blog (preciosos) cacarecos
aprontou no dia 23 de abril/2013
Te amo Nadja no amor de Cristo Jesus

segunda-feira, 15 de abril de 2013

AMIGO

Procurei  um  amigo
E  não  encontrei
Mas  insisti
Deve  haver alguém
Que  contigo  se  pareça

Amigo  leal
Amigo  de  todas  as  horas
Chorei,  gritei  na  minha  dor
E não  encontrei  um  ombro  amigo
Ninguém  me  apareceu
Ninguém  queria  perder  tempo
Procurei  um  amigo
E  reencontrei  você

Descobri,  que  amigo  verdadeiro
Só  existe  um,  você
Com  você  aprendi
A  amar,  meu  próximo  como  ele  é
Com  você  descobri  que  tudo  é  puro

Com  você  deixei  de  representar
Aprendi  a  amar
Aprendi  que  tudo  é  passageiro
E  só  tu   és  eterno.
Com  você   descobri, que  permitiste
Que  na  minha  dor, amigos  me  faltassem
Para  que  na  minha  solidão
Eu   te  descobrisse.  Eu ...  
assim ... tão  só
Foi  assim  que  descobri
Que  amigo  verdadeiro,  só  existe  um
VOCÊ, CRISTO. 
  Nal Pontes
                                                       

       Escrevi  esta  poesia numa daquelas noites sozinha meus filhos  bem  pequenos  04 e 5 anos.  Quando  eles  adormeciam  eu  sentia muita falta da presença  de Josinele  e de  nossos momentos juntos.  Era gostoso  compartilhar com  ele. Devido a sua ausência sentia vontade  de  conversar  com  alguém  mas  nem  sempre  as  pessoas  estavam disponiveis, parece até que  fugiam da gente, tinham  medo  de  falar  ou  de  sentir  dor,  mas  eu queria falar dele, pois  não era  fácil  esquecer  assim tão  rápido.   Uma  certa  vez  mandei  um  bilhete  chamando  alguém  precisava  urgente  conversar.  Mas  a  pessoa  não veio.  Depois  naquela  ânsia  
de  desabafar com alguém mandei chamar  outra  pessoa,  que também não veio.       
       Pude  então perceber  que  Deus  queria  esta  só  comigo.    
Foi  quando  escrevi  a  poesia  acima.  Deus  me  fez  passar  por  estas 
 experiências  afim  de  que  eu  pudesse  compreender  e 
 aceitar  a  sua vontade,  que é soberana,  boa e perfeita
Ele faz tudo explendidamente muito bem!
Deus abençoe a todos vocês!

terça-feira, 9 de abril de 2013

"ADEUS JANE, MINHA BORBOLETA!"

                              
Íntima desconhecida acomodou-se no teto
Sendo sua presença a licença agradável e pura
Suas formas delicadas, só meu interno entendia.
O ambiente deixava margens ao espaço alcançado por ela.

Era um brilho inocente aos olhos do coração meu.
 Seu vôo ser visto por mim e seu andar flutuante
Era uma coreografia improvisada.
Extraindo de qualquer olhar
Admiração inefável
O vai e vem das asas finíssimas coloridas
Em busca do lugar alto e costumeiro

O motivo pelo qual foi atraída
Ao recanto da sala
Talvez tenha sido a minha solidão física.
Mesmo com pessoas ao meu derredor
Atría para mim a liberdade
Sonhada e tão concreta
Ali, via-me sem observar sua beleza
Porém de qualquer tamanho
Seja seu coração
Habitava a beleza e singeleza
Finita ao homem
A realidade como um sonho houve um despertar
Atordoada procurou a evasão
Motivada pela agressiva ignorância.

Agora o recanto volta a ser vazio
O teu nome só eu sabia
A liberdade tão pura
Tornou-se mudana...
Volto a ficar só com as quatro paredes
Sei que não estás a me ouvir
Mas, dispesso-me aos ventos.
"ADEUS JANE, MINHA BORBOLETA"
Autor: Josinele Videres de Pontes

Está poesia foi escrita por Josinele (in-memórin)  na época ele era meu melhor  amigo, 
que depois veio ser meu namorado e consequentemente meu esposo, ele escreveu 
homenageando uma borboleta que eu tinha quando trabalhava em um edf no centro da 
cidade do Recife,  exatamente no 14º andar. Eu tinha meus 19anos e sempre costumava 
 me visitar uma linda e pequena borboleta toda amarelinha, sempre que aparecia 
se demorava por lá. Várias vezes eu a tangia para fechar o escritório  e  no dia seguinte 
ela retornava.  Mas, um triste dia, enquanto eu desci para fazer um lanche  
deixei um rapazinho que trabalhava num andar acima, tomando contra do escritório e para 
minha surpresa quando retornei ele estava matando Jane com uma vassoura, quando vi a cena  
Eu Gritei Apavorada.  "NÃO, NÃO MATE JANE!" imagina o susto q ele tomou mas, a pobrezinha 
já estava morta.  Só me restava lamentar o ocorrido.  para minha surpresa o tal garoto,
 nos dias seguintes conseguiu trazer uma outra borboleta para mim.  Mas ela não era 
como Jane, não gostava de lugar como escritório  e não ficou é claro.
No dia da morte de Jane. quando cheguei à noite  na escola toda triste contei ao meu amigo
que fez a poesia acima,  foi então que alguém  ficou sabendo que eu tinha uma borboleta
e agora vocês.   Saudades de Jane, minha borboleta! 
Que também, fez parte de minha história, pedaços de mim
Nal Pontes

terça-feira, 2 de abril de 2013

TU ÉS O OLEIRO, EU SOU O BARRO!

AS MARCAS DOS DEDOS DE DEUS


SENHOR DEUS!
Tua  Palavra me diz  que  sou tua obra prima
Feitura tua pelas tuas próprias mãos me criastes.
Fizeste-me segundo a tua imagem.
Deixaste as tuas marcas gravadas em mim

Tens me conquistado pelo teu  amor,
Pois me escolheste,
Me fizeste para que eu  tivesse a forma de teu filho.
Para isso tens me dobrado, quebrado, moldado
Ao teu sabor, ao teu desejo a tua vontade
Para que lá na frente ao olhares para mim
Possas  dizer com orgulho de Pai,

“Este é meu  filho, este  é  meu servo
A  coroa da  minha criação".

Que bom,  que  cuidas  de  mim.  
Que  me  amas  tanto,
Tanto  que  tens  o  meu  nome
Gravado  na  palma  de  tuas  mãos

Sei que, se todos me abandonarem,
Tu Senhor! Jamais.

Por isso  aqui  estou, como barro nas  mãos do oleiro
Quero ter no meu corpo, 
Na minha pele o reflexo  de tua  presença,

As  marcas dos teus dedos  em mim
Quero ter a forma para  qual tu me criaste
Pois  me escolheste para fazer parte de teu sonho
Onde eu, sou o teu próprio projeto.
Aqui, estou  senhor como vaso nas mãos do oleiro
Faças de mim o que quiseres.
Torne-me um barro úmido,
Sensível ao modelar de tuas mãos.
Que todos vejam as marcas dos teus dedos em mim.

 E que eu tenho estado na casa do oleiro
Que a minha vida produza em outros 
O anseio pelo Deus vivo.

 De também querer estar na casa do oleiro.  
 Porque trago no meu corpo as marcas dos teus dedos.
Tua filha, Nal Pontes

Escrevi esta poesia em  um momento díficil que passei,
ainda assim pude senti a presença de
Deus, que estava do meu lado  mostrando-me  de varias
maneiras o  seu  amor e seu  cuidado  por mim.
E que tudo quanto acontecia fazia parte de seus propósitos.
Ainda que eu nada compreendesse.
Deus  tomou todas as minhas dores.
Minha vida  como  barro nas mãos do oleiro.

ENTÃO PUDE  ORAR:
Senhor  meu  Deus!
Estou   aprendendo  o  que  é  ser  barro.
Aprendi   que  o  barro  não  fala,  não  vê,  não  ouve,
não  senti, não  anda,  o  barro não  tem  vida  própria.
Muita  embora  eu  não  tenha  agido  assim,
   só que  hoje,  me  alegro, porque  mesmo sendo pó e cinza,
estás  trabalhando  em  mim!  E se o barro não fala,
não vê, não  ouve, não  senti,  não anda,
não tem  vida  própria.  Para que  serve então?
se  foi o próprio  Deus  quem o fez e que o criou?

Aprendi  que  o  barro  é  para  ser transformado
no  instrumento  que  o oleiro quiser e  como  quiser,
Na hora em  que Ele  quiser.
Por isso  rendo-me  a  tua  vontade,
recuso-me  a  viver a ouvir,
a  ver, a falar,  a andar  a senti alguma  coisa.
Que não seja a vida de  Cristo  em  mim.
Eu te  glorifico, mesmo sem  entender o teu silencio
e  este deserto, que hoje estou vivendo.
Amém.
Tua filha,  Nal Pontes

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras,
as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas”.
Efésios 2:10